sábado, 29 de agosto de 2009

A batina...

Nas planíces de Orkanon, pouco distante da cidade, encontram-se dois homes. Um amarrado há um tronco de árvore morta. Tinha um rosto de quem levara uma surra, e de sua boca, escorre sangue, lentamente .O outro envolto a uma manta que cobre seu rosto, com um sombrio capuz, e todo o resto do corpo.

--O que pensas, quando vê um homem trajando uma batina?-- Disse o encapuzado.
--Acho q é um homem livre de pecados que tem o poder de absolver outros homens de seus pecados-- Respondeu.
--Está incorreto. Uma batina não faz de um homem um clérigo, mas sim, sua vontade de servir a Deus.

O homem encapuzado faz um movimento brusco com o braço direiro, revelando que por baixo da obsura manta, vestia uma batina. O homem amarrado arregala os olhos e em seguida da uma grande gargalhada:

--Quer dizer que você é padre?
--É obivio, não?
--Quem diria que um padre luta tão bem... é, isso serve de lição para mim. Não deve-se confiar em ninguem mesmo.-- Disse ao tom de sarcasmo.
--Chegou a hora. Quer pedir perdão por seus pecados?
--Não. Eu não sou de voltar atrás.
--Que assim seja...
--Espere!-- Exaltou o homem.-- Qual seu nome?

Um grande silêncio toma conta do dialogo.

--Para que motivo, um homem como você, quer saber meu nome?
--Para te caçar quando for para o inferno...
--Que seja. Meu nome é Vladmir Havier.
--O meu é Tomas Walker, e eu vou me vingar de você se tiver oportunidade...
--Essa oportunidade não lhe será dáda. Fique ciênte.

O padre puxou um punhal e acertou-lhe no peito do homem. depois de minutos agonizantes, o homem falece. O padre, começa a caminhar e, em meio a suas resas, ele diz: "Deus, perdoa-me por falhar novamente. Sei que meu objetivo é converter essas pobres almas por conta de meu débito, mas peço humildemente que me perdoe novamente...". Por um bom tempo ele continua a conversar com Deus, nunca esquecendo de pedir perdão a cada frase terminada.
Já pela noite, ele retorna a cidade de Orkanon, aos aposentos paroquiais. Em seu quarto há um altar, com velas acesas. De frente a ele, o padre ajoelha-se reza por alguns minutos, e depois deita em sua cama, caindo no sono.

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